Monday, March 10, 2025

0459 - Recinto de Rosal 1 / Rosal 1 enclosure

 

Foto segundo / Photo after (Pedrosa, 2019)

Serpa é um dos concelhos alentejanos que apresenta uma grande densidade de recintos de fossos. Em 2019, no âmbito de mais uma reconversão agrícola, um novo recinto foi identificado e intervencionado em duas sondagens, com o incompreensível hábito de não se pedir um levantamento geofísico que, comprovadamente (que mais é preciso fazer e publicar?), é fundamental para a delimitação deste tipo de sítios, para a sua investigação e até para a sua divulgação pública. Desconhecemos, pois, as características do desenho arquitectónico, dimensão e complexidade deste recinto. Ainda assim, foi possível ter uma ideia do tipo de fossos presentes e da cronologia genérica ocupação, que aponta para o Calcolítico (Pedrosa, 2019), eventualmente primeira metade do 3º milénio a.C.. Trata-se do recinto de Rosal 1. Interessante é a sua proximidade a um hipogeu (Monte da Guarita 2) situado 1,5km a Sudeste e que apresenta um quadro cronológico que lhe poderá ser contemporâneo (Valera, Miguel, 2025). Ainda não são muitos os recintos de fossos de pequenas dimensões que têm contextos funerários potencialmente coevos nas suas imediações. Mas desconfio que isso resultará sobretudo da forma como este “mundo em negativo” passado tem vindo a ser tratado pelo presente.

Pedrosa, N. (2019) - Plantação de Culturas no Prédio Rústico Alvarrão do Rosal (Pias, Serpa, Beja). Sondagem arqueológica_ROSAL1`19. Relatório Final.

Valera, A.C.; Miguel, L. (2025) - Monte da Guarita 2. Um hipogeu da primeira metade do 3º milénio a.C. (Pias, Serpa). Era Monográfica 8. Lisboa. Nia-Era.

Serpa is one of the Alentejo municipalities with a high density of ditched enclosures. In 2019, as part of yet another agricultural reconversion, a new site was identified and intervened in two surveys, with the incomprehensible habit of not requesting a geophysical survey which, demonstrably (what else needs to be done and published?), is fundamental for the delimitation of this type of site, for its research and even for its public dissemination. We are therefore unaware of the characteristics of the architectural design, size and complexity of this enclosure. Still, it was possible to get an idea of ​​the type of ditches present and the generic chronology of occupation, which points to the Chalcolithic (Pedrosa, 2019), possibly the first half of the 3rd millennium BC. This is the Rosal 1 enclosure. Its proximity to a hypogeum (Monte da Guarita 2) located 1.5 km to the southeast is interesting, and it presents a chronological framework that could be contemporary with it (Valera, Miguel, 2025). There are still not many small-scale ditch enclosures that have potentially coeval funerary contexts in their vicinity. But I suspect that this will mainly result from the way this past “negative world” is being treated by the present.

Pedrosa, N. (2019) - Plantação de Culturas no Prédio Rústico Alvarrão do Rosal (Pias, Serpa, Beja). Sondagem arqueológica_ROSAL1`19. Relatório Final.

Valera, A.C.; Miguel, L. (2025) - Monte da Guarita 2. Um hipogeu da primeira metade do 3º milénio a.C. (Pias, Serpa). Era Monográfica 8. Lisboa. Nia-Era.


No comments:

Post a Comment